Transparência Eleitoral Brasil garante em relatório lisura das Eleições Municipais 2020

Documento garante ser íntegro o resultado do último pleito e aponta preocupação com os questionamentos quanto a auditoria da votação eletrônica brasileira

Documento garante ser íntegro o resultado do último pleito e aponta preocupação com os questiona...Transparência Eleitoral Brasil garante em relatório lisura das Eleições Municipais 2020

Relatório divulgado em novembro de 2021 pelo grupo Transparência Eleitoral Brasil (TE Brasil) garante haver integridade no resultado das Eleições Municipais de 2020 e destaca o empenho da Justiça Eleitoral para a realização pleito eleitoral em pleno período de pandemia e a preocupação do grupo com relação aos questionamentos quanto a auditoria do sistema eletrônico de votação brasileiro.

“A conclusão geral do processo eleitoral como um todo – mesmo diante dos desafios, que não foram poucos e ainda inéditos na história – é que foi possível realizar eleições e manter a normalidade democrática, mesmo em condições adversas”, destaca a coordenadora-geral da Transparência Eleitoral Brasil, Ana Cláudia Santano.

O documento com 191 páginas reúne informações coletadas ao longo da Missão de Observação Eleitoral Nacional 2020, organizada pela TE Brasil de forma inédita durante as eleições municipais do ano passado, e que atuou em cinco capitais do país: João Pessoa (Paraíba), Fortaleza (Ceará), Belém (Pará), Curitiba (Paraná) e Belo Horizonte (Minas Gerais), bem como acompanhou a totalização dos votos na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (Distrito Federal).

A equipe de voluntários que participou da Missão de Observação Eleitoral Nacional analisou diversas etapas do pleito, enumerando o acompanhamento de aspectos administrativos, operacionais e jurisdicionais. O documento aborda pontos como: treinamento de mesários; locais de votação; registro de candidaturas; propaganda eleitoral; gerenciamento da pandemia; violência política; e apuração e totalização dos votos.

O relatório destaca ainda o comprometimento da Justiça Eleitoral em esclarecer o funcionamento do gerenciamento e do armazenamento de dados das eleições, a fim de combater a desinformação e coibir tentativas de deslegitimar os resultados dos pleitos e do sistema eletrônico de votação. Cita também o empenho do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), diante do cenário de pandemia, para a garantir a segurança sanitária durante as eleições aos eleitores e colaboradores.

Acesse o relatório completo.

Votação Eletrônica - Preocupação quanto a questionamentos

O documento menciona a preocupação com relação às consequências de um discurso que questiona a transparência da contagem dos votos de maneira eletrônica, centralizada e unificada no TSE, o que é visto como deslegitimador da integridade do processo eletrônico de votação e da urna eletrônica. Segundo o relatório, há mobilizações para que um debate sobre o sistema eletrônico de votação não seja utilizado como forma de romper com a democracia brasileira.

“Entendo que a principal preocupação para o ano que vem é o discurso da fraude eleitoral, que também é abordado no relatório. Na parte que fala do sistema eletrônico de votação, há um tópico específico em que falamos sobre o voto impresso e o discurso da fraude, que nos preocupa”, ressalta Ana Cláudia.

Em outro tópico, o relatório pede a atenção da sociedade brasileira para o acirramento da polarização eleitoral, que pode gerar ainda mais violência política. “As atrizes e os atores eleitorais devem ter em mente que a democracia é um jogo com procedimentos que visam a pacificação social, e que não podem, em nome da política, utilizar-se de meios para causar conflitos em torno da eleição”, completa.

Missão

A TE Brasil diz ter como objetivo buscar transparência às etapas do processo eleitoral e levantar dados para a elaboração de material de consulta especializada, além de dar sugestões de melhorias de procedimentos, aumentando a legitimidade dos resultados dos pleitos eleitorais pelo país.

A TE informa em seu site que tem como entidades parceiras as seguintes nominadas: Política por/de/para Mulheres, Instituto Liberdade Digital; Instituto para o Desenvolvimento Democrático; Instituto Cidadania, Grupo Ágora; e Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político.

 

Fonte: TSE com adaptações do Serviço de Imprensa e Comunicação Social – IMCOS/TRE-PI

 

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