Desinformação é desafio a ser combatido nas Eleições de 2022
Panorama e desafios a serem enfrentados no próximo pleito foram analisados em seminário virtual, promovido nesta terça (19) e quarta (20), pelo Colégio de Presidentes e o TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (COPTREL) promoveram, nesta terça (19) e quarta (20), o Seminário “Transformações na Comunicação: Novos Paradigmas Pós-Pandemia”. O evento, que ocorreu de forma presencial e por videoconferência, foi sediado pelo Tribunal Regional da Bahia (TRE-BA), que ocupa atualmente a presidência rotativa do COPTREL.
No primeiro dia da programação, aconteceu um debate entre a equipe de comunicação do TSE e jornalistas convidadas. Na abertura do evento, a presidência do TRE-BA e do Coptrel, destacou o papel desempenhado pela comunicação da Justiça Eleitoral na superação das dificuldades impostas pela pandemia para a realização de eleições limpas, claras e seguras.
Para a Assessoria de Comunicação do TSE, o desafio em 2022 é consolidar a imagem e credibilidade da Justiça Eleitoral, além de aprofundar e reforçar o combate à desinformação em relação à confiabilidade do processo eleitoral e da urna eletrônica, devido a tentativas de descrédito da Justiça Eleitoral e, em especial, do sistema de votação e da urna eletrônica, vista como um dos personagens principais das eleições, e por isso, muito atacada.
O trabalho realizado pelas equipes de comunicação durante o ano de 2020, no contexto pandêmico foi destacado no evento, que apontou a recente Eleição Municipal como a mais difícil já ocorrida e só possível de ter sido realizada com o apoio e o trabalho dedicado dos meios de comunicação.
Na avaliação da Coordenadoria de Imprensa do TSE, o combate à desinformação permanece sendo desafio nas próximas eleições. Por entender que o fenômeno das Fake News – uma das bases para a desinformação, prejudicial à democracia e demais esferas da vida pública e privada – precisa ser enfrentado e a Justiça Eleitoral permanecerá fazendo frente a esse desafio por meio de parceria com agências de checagem de notícias e o aprimoramento das formas de diálogo com a sociedade.
Estratégias
De acordo com a Coordenadoria de Mídias Sociais e Campanhas do TSE, diversas campanhas foram criadas com o objetivo de encorajar a população a participar do processo eleitoral em um ano de pandemia. Uma delas foi a de mesários voluntários, protagonizada pelo médico Drauzio Varella, que resultaram em um número recorde de inscrições de cidadãos interessados em trabalhar nas seções eleitorais.
Incluir a comunicação em decisões estratégicas fez a diferença. Esse é o entendimento da Coordenadoria de Rádio e TV do TSE. Segundo aquela unidade administrativa, a segurança no discurso foi essencial para que as pessoas tivessem segurança para sair de casa e ir votar.
Também foi apresentado um relatório com dados de checagens de notícias e da utilização de plataformas digitais como Google, WhatsApp, Facebook, Twitter, YouTube e TikTok, primordial para ampliar o alcance de informações de interesse público.
Outra tática eficaz apresentada foi a integração entre os núcleos de TV, Rádio e Redes Sociais, aproximando imprensa e população, em um trabalho articulado de comunicação estratégica que resultou em aumento de visualizações e mais aderência do público às campanhas desenvolvidas pela Justiça Eleitoral.
Novos Formatos
O Seminário "Transformações na Comunicação: Novos Paradigmas Pós-pandemia”, fruto da parceria entre o TSE e o Coptrel, contou com a participação das jornalistas Karine Simões, produtora-executiva da TV Bahia, e Tarsila Alvarindo, apresentadora do programa Azeviche, da TV Câmara de Salvador, e repórter da Record TV Itapoan, que compartilharam suas experiências em cobertura televisiva intermediada pela tecnologia.
Simões destacou que a televisão precisou se reestruturar e aderir a plataformas de chamada de vídeo, a exemplo do Zoom e Skype para fazer entrevistas, estratégias inimagináveis até então. “Alguns critérios televisivos mudaram completamente e a nossa forma de lidar com o trabalho na redação, também. A televisão busca o primor da imagem, mas precisou utilizar imagens produzidas pelas pessoas, com baixa resolução. Isso foi se naturalizando”. A produtora também falou que, para manter-se próxima ao telespectador, a Rede Bahia utilizou plateia virtual em seus programas, uma forma de “se verem na TV”.
A aproximação entre público e imprensa também foi destacada por Alvarindo. “Jornalismo é contato e a pandemia afastou as pessoas. Falar com a fonte através de uma tela não é o mesmo que presencialmente, mas, mais de que nunca, a gente precisa informar”.
O evento foi conduzido pela gestora de comunicação Daniele Silva, que destacou: “para haver um constante aprimoramento da comunicação do Judiciário, o cidadão deve ser ouvido, para ter seus anseios devidamente atendidos pelo poder público. Eventos como este são importantes por levantarem reflexões e apontarem soluções”.
Também participaram do seminário representantes das assessorias de comunicação de todos os Tribunais Eleitorais do Brasil, entre os quais os servidores efetivos do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), Deimyson Alcântara França, Chefe do Serviço de Imprensa e Comunicação Social – IMCOS/TRE-PI e Especialista em Mídias Sociais; e Donardo Borges do Nascimento Melo e Silva, Jornalista e Assistente I - IMCOS/TRE-PI.
Assista ao seminário na íntegra: www.youtube.com/tvtreba.
Fonte: Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, com adaptações do Serviço de Imprensa e Comunicação Social - IMCOS/TRE-PI